terça-feira, 13 de abril de 2010

Empresa de ônibus transporta estudantes em pé

Estudantes esperam solução para ônibus lotado


Documento assinado pelo prefeito Edmundo durante campanha eleitoral

Edna Motta

Os alunos de Borda da Mata que fazem curso superior e técnico nas cidades de Pouso Alegre, Ouro Fino e Inconfidentes estão viajando em pé. Todos os dias cerca de dez estudantes, por ônibus, não têm poltronas vagas. Para Pouso Alegre, saem diariamente três carros que levam os alunos para as faculdades, escolas de cursos técnicos e pré-vestibulares. Além da lotação de estudantes há a questão da gratuidade do transporte, disponibilizado pela Prefeitura Municipal há dois anos.

De acordo com a secretária de Educação Gláucia Brandão Guilherme, a responsabilidade de cobrar dos alunos é da empresa e o motorista será responsável também por controlar o fluxo de alunos no ônibus. “a prioridade é daqueles que estão na faculdade, então se está lotado a responsabilidade é do motorista que carrega essas pessoas” afirma Gláucia.

No ano passado, foi necessário colocar um ônibus extra para Pouso Alegre a fim de atender a demanda de alunos, o carro foi pago pela Prefeitura, mas de acordo com a Secretaria de Educação, este ano, não haverá outro veículo disponível custeado pelo órgão “o dinheiro gasto com o transporte de faculdade são recursos próprios, não temos verbas para isso” complementa a secretária Gláucia.

No início deste ano, o prefeito Edmundo Silva Junior comunicou que o ônibus não seria de graça para todos os alunos “a prefeitura vai pagar para quem precisa e comprovar carência, pois têm muitos estudantes que deixam as escolas de Borda para ir estudar em Pouso Alegre. A prioridade será daqueles alunos que fazem faculdade e curso técnico, todos os outros irão pagar” explica Edmundo. Os estudantes então compareceram à Prefeitura para entrevista com assistente social munidos de documentos comprobatórios de renda familiar e matrícula da faculdade.

Duas semanas atrás, a lista de alunos pagantes e não-pagantes foi divulgada e as carteirinhas foram confeccionadas. No entanto, o problema deixou de ser o valor a ser pago e teve seu foco na falta de lugares, “é um absurdo essa lotação, já que a Prefeitura vai cobrar, tem que colocar mais um ônibus” reclama a aluna Patrícia Aparecida Silva.

O sentimento dos universitários é de revolta, pois durante a campanha do prefeito eleito, a gratuidade do transporte foi enfatizada. Edmundo Silva Junior redigiu de próprio punho um termo registrado em cartório em que afirmava a garantia do ônibus de graça. No dia 8 de fevereiro deste ano, vários alunos se reuniram em frente à Prefeitura para reivindicar a promessa. Segundo Edmundo “eu prometi manter e melhorar, e eu mantive, porque a licitação foi aberta e estou melhorando porque cobrar de quem pode pagar é promover a justiça social” argumenta.

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