domingo, 19 de junho de 2011

No vermelho



Ariana Barbosa

Promissoras, faturas, extratos bancários, boletos são esses os itens mais encontrados nas bolsas e nas carteiras dos trabalhadores. Esse é o quadro em que os brasileiros se encontram a facilidade por financiar tomou conta da cabeça de muitos que acabaram exagerando nos consumos e agora o salário não dá nem para o começo.

O que era para facilitar a vida acabou dificultando e endividado os consumidores. As utilizações dos cartões de crédito, os crediários nos comércios, acabam iludindo as pessoas que pensam que no mês seguinte estarão mais aliviados, mas a realidade acaba não sendo essa.
“São pessoas descontroladas. Passam o carro na frente dos bois. Não tem controle sobre si mesmo e muitas vezes compram o desnecessário e em muitas prestações. O preço dividido praticamente dobra. Eu, por exemplo, procuro sempre comprar a vista e quando eu sei que posso pagar”, afirma dona de casa Maria de Cássia Silva.

O desejo de consumo, aliado à oferta de financiamentos, fez com que o consumidor se perdesse no crédito, o que acaba virando uma bola de neve no fim das contas. Na hora da compra as pessoas não medem as conseqüências e acabam gastando mais do que deveriam, pois já é característica do ser humano essa compulsão desnecessária.

“Tinha prometido a mim mesmo que não faria mais isso, mas mais uma vez minha situação está lamentável, meu cheque especial está estourado e acabo me afundando ainda mais em juros, fora as contas espalhadas pela cidade”. Desabafa Marcelo Nunes, 25, que no momento atual trabalha em dois estabelecimentos para poder amenizar em que se encontra, além do aluguel paga o financiamento de uma moto, fora as despesas a mais.

Já para a auxiliar de enfermagem, Luiza Coutinho, 23, as promoções contribuem para o crescimento desenfreado dos gastos. "Eu acho que as pessoas deveriam pensar bem no salário, na hora da compra as pessoas não somam o que já devem e depois ficam em uma situação difícil e não dão conta de pagar".

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