terça-feira, 3 de abril de 2012

Alta de medicamentos compromete o mínimo

Maria Helena reclama do reajuste no preço dos medicamentos
Jailson Silva - Itajubá

O governo autorizou no dia 19 o reajuste nos preços de 13.782 medicamentos. Esse aumento pode variar de 2,80 até 5,85%. O novo preço passa a ser cobrado pelas farmácias em todo país á partir dia 31.Os mais afetados com o reajuste são os idosos que recebem um salário mínimo. 

Para a aposentada de 65 anos, Maria Helena de Almeida, o reajuste no preço dos medicamentos vai pesar no seu bolso. Atualmente ela gasta R$250 todo mês com a compra de medicamentos controlados para tratamento do coração. A aposentada usa diariamente vários medicamentos dentre eles o Cloridrato de Amiodarona.

No mês ela consome quatro caixas do medicamento que custa R$ 25,90 com 20 comprimidos. Uma alternativa que a aposentada encontrou é comprar medicamentos genéricos que tem o preço mais atrativo do que os outros. O mesmo medicamento genérico com 30 comprimidos custa 24,90. Uma economia de quatro reais ao mês, além de ter 40 comprimidos a mais para o seu tratamento.

Ela ainda afirma que esse reajuste vai comprometer sua renda mensal, pois além das contas da farmácia, ela utiliza sua aposentadoria para pagar contas de água, luz e alimentação.

Segundo o farmacêutico Helder Nelson Guimarães que trabalha em uma farmácia na cidade de Itajubá os preços dos medicamentos são repassados para os clientes de acordo com uma lista oficial do governo. “Não só os clientes que ganham o mínimo reclamam do aumento".

Um dos medicamentos que terá reajuste é o omeprazol, muito utilizado para dor de estômago, que atualmente custa R$29,95 a caixa com 14 comprimidos.  Com o aumento, seu novo preço será de R$31,70. Ele revela que 70% dos seus clientes têm acima de 50 anos e utilizam medicamentos controlados para diversos tratamentos. Os mais comuns são para pressão alta e diabetes. “Na compra de medicamentos não tem como economizar”. 

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