segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Repasse de impostos reduz preço de material de construção


O cimento foi o produto que teve a maior queda de preço

Márcio Borges

Diminuir a dificuldade de compra de materiais para quem constroi, reduzir o consumo exagerado do cigarro. Essas são algumas das propostas tomadas como base para a criação da medida do Governo Federal que pretende reduzir e até isentar determinados produtos da construção civil do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e repassar esses valores para o cigarro, o que eleva seu preço numa variação de 20% a 30%, e supre assim a arrecadação desses impostos.

A queda no custo dos materiais para construção varia de produto para produto e tem diferenças de acordo com as lojas, que adotam seu próprio sistema de descontos, baseando-se na redução de seus impostos. Nem só os “materiais de construção-base” são reduzidos, mas é possível encontrar a diferença também em banheiras, bidês, boxes para chuveiro e até mesmo fechaduras e cadeados.

Em cidades interioranas como Conceição dos Ouros e Pouso Alegre essa medida ainda surte pouco efeito. O produto alterado com maior queda foi o cimento, que custava em torno de R$ 16,46 e sofreu uma alteração de cerca de 4,5%, uma diferença pequena se comparada a dos grandes centros urbanos em que o IPI chega a se isentar, como em argamassas, revestimentos, pias, grades de aço e válvulas para escoamento.

Para quem constrói, a medida pode ser muito importante e decisiva durante o processo de pesquisa e compra dos materiais, porém se acompanhada de outras providências, como a redução dos juros cobrados tanto para os revendedores quanto aos consumidores finais, como sugere Andréa Borges de Freitas Viana: “com a redução existe a possibilidade de se investir em outros materiais, como de acabamento ou de melhor qualidade”. Ela começou a construir sua casa agora e compra o que é necessário em partes, para não saturar o orçamento doméstico.

Segundo Andréa durante a construção, o que mais pesa no orçamento são os materiais utilizados na construção das lajes, que ainda se encontram com um preço elevado. Essa medida aliada à redução de juros poderia inclusive antecipar o término das obras.
Se para quem constrói pode ficar mais fácil, para quem mantém o hábito de fumar e muito durante o dia, a situação divide opiniões. Há quem considera bom, pois são forçados a reduzir o consumo e com o tempo até parar com o vício e quem não aprova, decidindo manter o costume mesmo que o bolso sofra um peso maior com o tempo.

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