Maria Gorete Marques
A vigília-pascal começa com a benção da fogueira. Nela acende-se o círio pascal. O fogo novo representa a luz nova de Cristo, a esperança que ele trás ao mundo. Em seguida é celebrada a santa missa. Em Cambuí, a cerimônia começou às 21h na igreja Matriz. Nas comunidades Congonhal, situada na zona rural, e Divino Espírito Santo, os fiéis também festejaram a data. A vigília pascal é o ponto alto do Cristianismo. É comemorada à ressurreição de Jesus Cristo três dias após ter sido pregado numa cruz.
Na igreja Matriz os fiéis chegaram cedo para a missa. Por volta das 19h30min alguns bancos já estavam ocupados. De acordo com o pároco Omar Aparecido Siqueira, que presidiu a missa “A vigília pascal é a manifestação pública da Fé de cada um de nós na ressurreição de Jesus Cristo.” Ela é o centro, a base da fé Cristã. Ele contou que o Missal Romano, livro usado na missa para as leituras próprias do celebrante, pede que antes da missa seja feita à benção do fogo novo fora da igreja e em seguida a entrada com o círio-pascal.
O padre Rony Benedito dos Reis é natural de Cambuí e proclamou o evangelho na vigília pascal. Ele descreve como a fogueira é preparada. Antigamente era permitido acender a fogueira somente pela fricção de pedras ou gravetos, simbolizando “o fogo do amor que deve nascer do contato entre as pessoas”. Hoje quando não é possível acender o fogo por fricção pode-se usar um fósforo ou isqueiro, mas o ideal é a fricção. A fogueira é acesa um pouco antes da missa para depois aproveitarem-se as brasas. Estas são colocadas no turíbulo junto com o incenso que exala uma fumaça perfumada, “é o sentido do perfume da nossa oração, do nosso louvor a Deus”.
O fogo, através do círio-pascal, continua presente nas celebrações e missas até o domingo de pentecostes. De acordo com o padre Omar o círio representa a luz do Cristo ressuscitado. O evangelho proclamado nesse dia conta como o espírito santo desceu sobre os apóstolos. “Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles”. “A partir de pentecostes o círio é apagado nesse sentido, de que agora nós somos a luz, e devemos ser portadores dessa luz para o mundo”.
Afonso Felipe da Rosa é católico. Ele conta que não foi possível ir à vigília pascal esse ano. Mas sabe a sua importância. “É a maior festa que existe na historia da humanidade”. Para ele a páscoa é a passagem da morte para a vida e a igreja festeja essa vida nova. “Para mim significa muito, assim como Jesus passou da morte para a vida nos um dia também vamos passar.”
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