segunda-feira, 13 de junho de 2011

Inclusão radical

Arquivo

Márcia Botacim pratica esportes radicais há quatro anos

Adenilson Félix

O Parque dos Sonhos é um dos únicos lugares do Brasil que está preparado para receber pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Possui apartamentos adaptados e quinze modalidades já são adaptadas, entre elas, rafting, bóiacross e rapel. Outras ainda estão em fase de testes e pesquisas para que possam ser praticados com total segurança. O parque disponibiliza ao deficiente uma maior inclusão social em todas as atividades de lazer.

Márcia Botacim, 47, pratica esportes radicais desde 2007. Ela é moradora da cidade de Socorro, no interior de São Paulo, e frequenta o parque especializado em turismo de aventura. Bóiacross e a Tirolesa são suas modalidades preferidas “gosto da sensação de liberdade. Quando estou na tirolesa parece que estou voando”, conta. Ela teve paralisia infantil e, por isso, se locomove com a ajuda de uma cadeira de rodas. Mas, a deficiência não é um obstáculo.

Rapel é uma técnica utilizada pelos montanhistas para descidas em rochas, na qual a pessoa desliza controladamente pela corda até alcançar o chão. É uma técnica que interessa tanto a escaladores e praticantes de esportes radicais mas também nos últimos tempos é o esporte que mais tem conseguido chamar a atenção da maioria dos deficientes que visitam o local.
O esporte tem se tornado mais popular nos centros urbanos, sendo esta técnica usada para descer prédios, pontes, cachoeiras, paredões, barreiras, entre outras. A princípio, praticar o esporte é algo muito simples, devendo o interessado, buscar orientação com pessoas experimentadas no assunto.

André Dias de Souza, 28, instrutor do parque há cinco anos explica que os interessados devem se informar sobre os responsáveis pelo treinamento, e se possível, acompanhe um treinamento que está sendo ministrado, no intuito de observar a segurança que lhe será proporcionada. Segundo ele o local permite há visitantes a maior segurança em instrumentos de esportes de aventura do Brasil.

O preço não é tão acessível quanto ao local especializado neste tipo de turismo. O visitante que quiser passar um fim de semana em uma das suítes do parque vai desembolsar, em média, seiscentos reais. A boa notícia é que tem crescido ano a ano o número de locais especializados em turismo de aventura adaptado e, por isso, a tendência é que exista mais concorrência e mais variedade de preços.

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