terça-feira, 3 de abril de 2012

Medicamentos de doenças crônicas em alta


Remédios vendidos em farmácias populares serão reajustados
Elen de Souza - Pouso Alegre

O Governo aprovou o aumento no preço dos medicamentos em todo o país e grande parte dos remédios sofrerá reajuste de até 5,85%.  Esta medida será válida também para as farmácias populares, que geralmente oferecem remédios com até 90% de desconto principalmente nos utilizados em tratamentos de doenças crônicas. Os medicamentos chegam às prateleiras com preços alterados a partir de abril e só não sofrerão reajustes os homeopáticos, fitoterápicos e os medicamentos em que a prescrição médica não é obrigatória.


Sebastião Salviano, proprietário de uma farmácia da rede popular relata que ainda não recebeu nenhuma notificação oficial referente às mudanças nos valores e não sabe ainda qual o aumento percentual será destinado aos medicamentos. “Geralmente o reajuste vem embutido nos preços repassados pelas distribuidoras, a partir disto fazemos o cálculo a ser repassados aos clientes”, explica.


São comercializados pelas farmácias populares diversos  tipos de medicamentos, entre analgésicos, antibióticos, anticoncepcionais, remédios para diabéticos, hipertensos, cardíacos , dentre outros. De acordo com Salviano, a procura maior é por remédios utilizados em tratamentos contínuos. Para obter o desconto oferecido ou também adquirir medicamentos gratuitamente basta o consumidor apresentar a receita médica.


A costureira Mariana Bitencourt relata que gasta mensalmente com medicamentos cerca de R$200. Ela é diabética e hipertensa e faz uso regularmente de remédios comprados com mais de 50% na farmácia popular. Além dela, o filho João Victor de cinco anos sobre com bronquite crônica e também toma remédios controlados. “Parece que 5% não é nada, mas isso somado ao fim do mês já irá causar um estrago no orçamento da família”, ressalta.


Para Jésus do Nascimento, motorista, a alternativa será reduzir alguns gastos e o lazer familiar terá que ser colocado em segundo plano. “Infelizmente terei que deixar de sair com minha família nos fins de semana para economizar”, afirma Nascimento. Ele relata ainda que o gasto mensal com medicamento gira em torno de R$350. “Alguns remédios eu até consigo de graça, mas ajudo minha mãe que tem diabete e também é hipertensa, e o remédio que ela toma não tem na farmácia popular” afirma.

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