terça-feira, 3 de abril de 2012

Mercado de veículos usados recua na região

Em Itajubá, lojas vazias preocupam os revendedores

Adélia Oliveira - Itajubá

A mudança no IPVA elevou os preços dos carros, em especial a categoria dos usados, fazendo com que houvesse um recuo no mercado automotor nos últimos dois meses. Esse aumento se deu a partir da alteração na Lei Estadual 14.937, que exige a quitação de impostos na transferência de veículos.

De acordo com dados do Sincodiv-MG (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais), a queda nas vendas de carros usados em janeiro e fevereiro foi de 27% em relação ao mesmo período de 2011.

Uma das formas que as concessionárias e lojas de todo o estado encontraram para driblar os prejuízos, foi baixar a margem dos lucros, com o objetivo de atrair compradores e aumentar as vendas.

Glauber Aurélio da Silva trabalha no ramo automotivo há mais de 7 anos e atualmente é gerente de uma revendedora em Itajubá. Ele confirma que houve a queda nas vendas e explica os principais motivos: “Nos últimos meses está muito difícil realizar a aprovação de 100% do crédito financiado, além de as taxas do usado serem mais altas que as do veículo zero.”

O vendedor ainda acrescentou que as principais financeiras da região só liberam crédito para veículos com ano igual ou acima de 2003, desvalorizando de forma elevada os preços. Isso acontece, pois quanto mais novo o carro, mais valorizado ele estará para venda. Além disso, caso o cliente deixe de pagar as parcelas, um veículo antigo terá perdido muito valor para que tomá-lo de volta seja um bom negócio para a instituição financiadora.

Com essa queda, além de prejudicar as concessionárias e lojas autorizadas, os funcionários são atingidos, visto que em sua maioria recebem comissão a partir do que vendem no mês.

Marcos Cézar de Oliveira, conta que trabalhou por mais de 05 anos numa concessionária em Itajubá, que atende toda a região, de onde saiu por necessidade de corte entre os funcionários, devido à baixa procura por automóveis no começo de 2012.

Para concluir, Glauber diz que espera que mercado volte a aquecer. “Apesar das taxas ainda serem as mesmas, o automóvel é o segundo sonho de consumo dos brasileiros, só perde para a tão sonhada casa própria, então esperamos que sempre tenha alguém querendo comprar carro”.

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