terça-feira, 29 de maio de 2012

Botequeiros de plantão

No fim de tarde, amigos se reúnem nos bares para colocar a conversa em dia
Jailson Silva - Itajubá

De bar em bar, tomando cerveja, esse é o caminho percorrido todos os dias por diversos aposentados. Tomar uma bem gelada pode sair caro para o bolso quando não existe nenhum planejamento financeiro. Para evitar que boa parte do salário fique no bar, é importante nessa hora ter controle dos gastos.


Para Paulo Marcos de Carvalho, mais conhecido como Paulinho do Cruzeiro o seu fim de tarde é em volta de uma mesa de bar. Ele revela que chega a gastar cerca de 10% da sua aposentadoria no boteco, o que equivale aproximadamente R$ 200,00 por mês. “Eu sou um botequeiro discreto, o bar pra mim é o descanso do lar".

O aposentado costuma ir ao bar todos os dias. Para não arrumar confusão com a esposa conta que, algumas vezes, ela o acompanha. Para o botequeiro a melhor coisa é ser amigo do dono do bar, isso ajuda a ter alguns privilégios. “Eu gosto de ir ao bar para curtir um momento de alegria com os amigos”.

A maioria que frequenta o local são aposentados. Sentados em volta de uma mesa aproveitam para colocar a conversa em dia. A cerveja bem gelada não pode faltar na roda de amigos. O peixe assado é o aperitivo que dá mais sabor a conversa desses botequeiros que se mostram muito animados.

Na mesma rua encontramos outro bar. O local possui uma decoração que chama a atenção de quem passa pela calçada. As paredes estão repletas de quadros com fotos de clientes. No teto diversas camisas de futebol estão penduradas e nas prateleiras estão expostas canecas, chaveiros e até uma casa de João de Barro.

Para Alemão, o local além de ser atrativo tem uma cerveja bem gelada. Ele revela que frequenta o bar desde 2006, e chega a gastar R$ 400,00 todo mês, o que representa uma despesa de 20% do seu salário. “Eu me identifico com esse lugar, por isso venho quase todos os dias aqui”.

Enquanto acompanha na TV o seu esporte favorito, o copo de cerveja é sua companhia inseparável. Alemão conta que costuma assistir aos treinos e as corridas de Fórmula-1 todos os domingos no bar. “Não troco esses momentos que vivo aqui por nenhum outros da minha vida”.

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