segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Festas juninas aquecem o comércio


Os produtos mais procurados são os trajes típicos da quadrilha

Eduardo Oliveira

É assim que chamamos no Brasil as festas comemoradas no mês de junho em homenagem a três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. A herença portuguesa em nossa cultura, provavelmente é a razão pela qual festejamos essas datas. Porém, tal comemoração também deve ter sido influenciada por antigos povos como os celtas, os grego-romanos que praticavam rituais com fogueiras e festejos para homenagear os deuses da colheita, já que a época de junho nos países do hemisfério norte é o início do verão, época propícia para o plantio.

Este mês é marcado por festas típicas, comidas deliciosas e muita dança. Costumamos montar um arraial, que é uma aldeia temporária, pois só existe durante as comemorações - com barracas de comidas típicas do nosso país, brincadeiras, jogos, dança e muita diversão. Arraial que se preze tem fogueira, bandeirinhas coloridas para decoração, quadrilhas, baião, forró, e gente vestida de caipira, um jeito estilizado de mostrar o homem da roça , casamento na roça e mais.

A festa junina é considerada a maior manifestação cultural do Brasil, principalmente no Nordeste. Até o final do mês de julho, bandeirolas, chapéus de palha e tudo que faz alusão às festas juninas estão praticamente onipresentes no cotidiano da região. O que não faltam são quermesses em igrejas, escolas, empresas, fora os arraiais particulares que são organizados entre amigos. Por ocasião dos festejos juninos, uma série de produtos e serviços são ofertados à população, gerando um aquecimento nos diversos setores da economia. Com essa tradição cultural o comércio local pega carona para faturar.

O gerente comercial Luís Antônio Silva comenta que, de junho a julho, incrementam as vendas na loja em até 30%. “A maioria da clientela é de mães que compram roupas para os filhos dançarem quadrilha nas festinhas das escolas. Temos também roupas juninas para adulto, com isso entram as vendas casadas. Quem leva uma camisa xadrez acaba comprando uma calça jeans. As mulheres procuram mais as meias calças que acompanham os vestidos”, comenta Silva.

De acordo com o economista Matheus de Oliveira Machado as festas juninas sempre ajudam a aumentar as vendas. “Há um aumento no faturamento com as festas juninas pela procura das fantasias. Nesse ano, a previsão é de um crescimento de 15%, já no comércio em geral, os produtos típicos contribuem com um aumento pequeno de 1%”, afirma Machado.

Dos artigos juninos, talvez a única categoria que mantenha a demanda é a das guloseimas, como paçoca, quebra-queixo, maça do amor e conservas. Na época das festas de São João, esses produtos vendem até 60% a mais. ”O grande negócio neste período é fazer vendas casadas de produtos comestíveis com algumas variedades como camisas, camisetas, sapatos, tênis entre outras modalidades”, afirma o economista Matheus Oliveira Machado. Porém, Machado pondera que o estoque de artigos juninos deve ser feito com parcimônia. “Depois de julho, muitos produtos que não tiveram saídas encalha até o ano seguinte”, explica.

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