segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Imagem do Bom Jesus está em processo de restauração


Funcionários do IEPHA restauram a imagem

Pedro Henrique Martins

Uma parceria do município de Córrego do Bom Jesus com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, (IEPHA), no Programa Restauração de Acervos possibilitará a recuperação da imagem do padroeiro da cidade Bom Jesus. A peça sacra foi confeccionada em Portugal, pelo escultor Manoel Soares de Oliveira e pintada por João Teixeira. A histórica imagem de tamanho natural foi trazida de Portugal ao Rio de Janeiro em navio, e do Rio de Janeiro ao povoado de Bom Jesus do Córrego, hoje, Córrego do Bom Jesus, em um carro de boi em 1873.

A imagem de 136 anos, que pertence ao Santuário do Bom Jesus já passou por um processo de restauração em 1992, mas não obteve o resultado desejado. Segundo informações do secretário paroquial Márcio Martins Finamor, a restauração feita no início da década de 90 não foi bem sucedida. “A pintura aplicada na imagem não condizia com a natural, o que a descaracterizou”, comenta. Ele ainda afirma que o objetivo desta restauração é justamente reparar a pintura feita em 1992, voltar a cor original e rever danos que o tempo causou, como trincas, por exemplo.

A ida da imagem para a capital mineira gerou um desconforto na cidade. Alguns devotos e fiéis do Bom Jesus não aceitaram a idéia de ficar sem a figura do padroeiro por alguns meses na cidade. Moradores não aceitaram a forma como foi feita a divulgação do assunto; como é o caso da assessora contábil, Viviani Almeida Pinheiro, “Deveria ter um projeto de conscientização maior e eficaz sobra à restauração do Bom Jesus, assim evitaria comentários desnecessário em relação ao assunto”, relata. Para ela esta sendo difícil ficar sem a figura do Bom Jesus, “É péssimo. Imaginem só, você ir visitar uma pessoa querida e a mesma não está em casa, fica um vazio”, conclui. Ela faz questão de deixar claro que é a favor da restauração, só não aprovou a maneira como tudo foi divulgado.

Rafaela Ferreira da Silva, responsável pelo Departamento de Turismo e membro do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico da cidade revelou que o tempo estimado para a restauração da imagem é de seis a oito meses. Já Érika Santos assessora de imprensa do IEPHA preferiu não estipular datas, pois todas as peças que chega ao Instituto precisam passar por uma avaliação minuciosa até que seja verificado o real estado da peça e qual o melhor processo para restaurá-la. “Informamos que a referida avaliação da imagem não foi concluída, não sendo possível passar mais informações”, conclui.

Para que a imagem fosse levada a Belo Horizonte para restauração foi necessário a aprovação do Arcebispo Metropolitano de Pouso Alegre, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, que se baseou no Código de Direito Canônico e expediu no dia 26 de julho a autorização para que a imagem do padroeiro da cidade fosse restaurada. A imagem foi levada à sede do IEPHA dia 17 de agosto. O pároco João Vianney Coutinho foi procurado pela reportagem mais não quis dar entrevista.

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