segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Inscritos no novo Enem temem a matemática


Física e química exigirão conhecimentos matemáticos

Neuber Fischer

O Enem 2009 vem com novidades, entre elas, a que mais tem preocupado os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio é a matemática, que vai corresponder a 40% da prova. A matéria é a única a integrar sozinha uma das quatro grandes áreas do conhecimento em que a prova está dividida, sendo assim, pelo menos 45 das 180 questões serão apenas de matemática, a matéria de maior peso na prova objetiva.

As outras áreas cobradas serão linguagens e códigos, mais voltados para a língua portuguesa, literatura, artes e comunicação; ciências da natureza que vai cobrar conhecimentos em química, física e biologia; ciências humanas que vai aborda temas de história, geografia e sociologia; além da redação que no total global da nota tem peso de 50%.

Segundo o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) o número de questões ligadas à matemática deve ser ainda maior, devido ao fato de que as questões do Enem são interdisciplinares, como é o caso de perguntas de física e química que exigem conhecimentos matemáticos, além de gráficos e tabelas encontrados em toda a prova.

O estudante João Paulo Ribeiro, que vai prestar o Enem e pretende estudar engenharia mecânica, diz “espero que as questões não estejam tão extensas, pois serão dois dias de prova e será cansativo. Não tenho medo de matemática, pois tenho mais facilidade com área de exatas, mas isso não significa que não estudarei bastante essa parte”. João que trabalha e estuda garante “a solução é estudar nos fins de semana, um pouco de cada matéria, até a data da prova. Como ainda tem um tempo para a prova, imagino que conseguirei me preparar bem”.

Para os professores de matemática o segredo é treinar o máximo de questões, principalmente a regra de três, porcentagem e trigonometria e priorizar as questões mais fáceis que o aluno consiga fazer até o fim. As questões do Enem cobram a matemática aplicada no cotidiano, questões mais contextualizadas e interpretativas, valorizam o raciocínio lógico e a interpretação de gráficos e tabelas em detrimento das que exigem cálculos complexos.

Carol Silva, estudante do curso de matemática e futura professora, afirma “assim como foi detectado temor para a realização do Enem, este medo é presente também nos vestibulares, muita das vezes, a causa maior é pelos traumas sofridos no início da educação básica, quando os professores ensinam com métodos que fazem com que os alunos se sintam desmotivados ou com medo da disciplina. Uma das melhores técnicas para afastar o medo da matemática é incluir cada conteúdo no cotidiano do aluno, na sua realidade, facilitando a aprendizagem e desfazendo a idéia de que matemática é algo para gênios”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário