segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mudança de hábito diminui aquecimento global


A média de desperdício de água é de 20%

Edna Motta

Muito se fala sobre mudanças de temperaturas do planeta, efeito estufa, e, no entanto, o problema parece ser responsabilidade exclusiva dos governantes e das grandes empresas, pois estas são quem produzem gás carbônico suficiente para poluir o ar. Mas a população também pode contribuir para o equilíbrio da boa qualidade do ar com ações simples através da mudança de hábitos domésticos.

Comprar alimentos congelados, por exemplo, além de mais caros, consomem até 70% mais energia para serem produzidos. Outros hábitos alimentares que reduzem a produção de gás incluem tampar as panelas enquanto cozinha a fim evitar que o ar quente se perca, cozinhar em panela de pressão, pois é mais rápido e é possível economizar 70% de gás, preparar as refeições em fogo baixo, porque mesmo com fogo máximo, a comida não é preparada mais rápida, pois a água não ultrapassa 100° em uma panela comum.

A dona de casa Marta Vilhena do Couto Dias não tem o hábito de economizar pensando no aquecimento global, as ações de cozinhar, lavar roupa, limpar a casa são exercidas com a ideia de água abundante. Para a bióloga Michele Almeida, “é preciso pensar globalmente e agir localmente”, mas enfatiza que as pessoas veem o problema ambiental como algo distante, e por isso não se condenam, não agem “porque ainda é possível respirar”.

A energia elétrica é outro consumo que pode ser reduzido em prol do planeta. Ações como retirar tudo o que precisa da geladeira antes de começar o preparo evita o abre-fecha, substituir as lâmpadas fluorescentes da casa, as incandescentes consomem até 60% menos. Aparelhos em standby, ou seja, desligados, mas conectados à tomada, consomem 15% a 40% da energia de quando estão em uso, manter a geladeira longe do fogão e a 15cm da parede também economizam energia, pois o consumo da geladeira é maior para compensar o ganho de calor, secar roupas e sapatos atrás do refrigerador gera ainda mais gastos.

Outro fator de consumo preocupante é a água, é comum ver mulheres lavando calçadas com mangueira, ou deixar a torneira ligada durante todo o tempo que lava a louça, além de banhos demorados. Na cidade de Borda da Mata, de 14.892 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a água distribuída no mês de julho pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) foi de 52.618.000 litros, e desse total 41.974.000 litros foram registrados pela companhia, a diferença significa desperdício, 23% da água captada e tratada perdeu-se na rua.

O gerente de sistema da Copasa de Borda, João Geraldo Ribeiro, explica que essa perda dá-se por conta de vazamentos não aflorantes, aqueles que são submersos. Para solucionar tal problema, os funcionários utilizam um aparelho chamado geofone, o qual é passado em cima da rede de ligação para detectar vazamentos. Ribeiro diz que a média de desperdício de água produzida é de 20% ao mês, e ressalta que essa é uma das grandes preocupações da companhia.

Ao contrário de muitas pessoas, a dona de casa Maria do Carmo Almeida de Souza tem o hábito de usar balde ao lavar a calçada, evita utilizar eletrodomésticos, “passar roupa é só quando há necessidade”, além de lavar roupas à mão quando são poucas peças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário