sexta-feira, 13 de maio de 2011

Comer fora de casa está cada vez mais caro



























Carla Barbosa

Comer fora de casa é uma saída para facilitar a vida do trabalhador. A inflação de 5,91% registrada em 2010, maior nível em seis anos dos alimentos e a demanda por esta opção contribuíram para o aumento de 10,62% no valor da refeição. Na divisão por região do País, as refeições mais caras estão no Sudeste e ficam em torno de R$ 22,19.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% do total do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do ano passado foi originado da inflação dos alimentos. A maior contribuição individual no IPCA de 2010 veio das carnes, que subiram 29,64% no ano passado, e representaram 0,64 % do resultado total do indicador no período e também do feijão que subiu 51,49% em 2010.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador), para fazer uma refeição, o brasileiro gasta em média, R$ 21,00. O estudo do ano anterior indicou valor médio de R$ 18,20 por refeição.

Segundo Benedita Eni Lopes proprietária de um disk refeição em Paraisópolis, no ano passado o quilo teve um aumento que variou entre R$1,00 e R$ 2,00. “Podemos contornar o aumento em vários alimentos, substituindo-os. Mas desde o ano passado o problema está no valor as carnes, esse não há como substituir”, explica.

Maiara Aparecida Lopes funcionária de um restaurante self service, conta que no ano passado a refeição era de R$ 22,50 o quilo e esse ano subiu para R$ 23,90.
O jornalista Rafael Almeida, 23, trabalha na cidade de Córrego do Bom Jesus, e precisa fazer as refeições fora de casa. Ele conta que no início do ano passado almoçava em um restaurante em Cambuí e o prato ficava em torno de R$ 12,00. Esse ano a empresa optou pela contratação de uma cozinheira tornando menores os gastos dos trabalhadores.

As despesas com alimentação em restaurantes já representam 31,1% do total de gastos familiares, segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Este setor movimenta uma média de R$ 180 bilhões por ano.




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