A agente de viagem Aline vende pacotes por telefone e internet
Márcio Borges
As famílias da classe C movimentam R$ 13 bilhões no setor de turismo e são responsáveis pelo aumento de 16% nas viagens internacionais. A queda no preço do dólar foi o principal fator do crescimento.
Outro motivo que possibilitou as viagens ao exterior para essa classe foi o aumento da renda mensal e do crédito no mercado, como explica a agente de viagem Aline Reis. “As formas de pagamento são muito diversificadas, além do cliente poder escolher entre um pacote completo ou apenas as passagens aéreas”.
Segundo ela, os destinos mais procurados pelos novos turistas internacionais são Buenos Aires, Nova York e um tour entre países da Europa. No velho continente, as pessoas passam um ou dois dias fazendo visitas em pontos turísticos e lugares históricos entre três a cinco países diferentes. O pacote inclui o guia turístico, além da hospedagem nos hoteis.
As épocas mais frequentes de procura para essas viagens ainda são as que correspondem à alta temporada, que compreende o recesso escolar em julho e os meses de dezembro e janeiro. Além de turismo, as viagens internacionais também são frequentes para estudos. É o caso do estudante Carlos Eduardo Teixeira, 21. Ele pretende ir aos Estados Unidos em julho para aperfeiçoar o inglês. “Eu aproveitei que o dólar está mais barato e as férias da faculdade, porque nada melhor pra aprender uma nova língua com nativos”, conta.
Um fator que pode dificultar durante a viagem é a língua. Segundo informações do Instituto Data Popular, especializado em assuntos das classes emergentes, apenas 29% dessa população entende um pouco de inglês e 14% arriscam o espanhol. Muitas pessoas optam por fazer um curso rápido antes do embarque ou contratar o serviço do guia turístico em tempo integral da viagem.
Para quem prefere um passeio mais tranquilo, os cruzeiros são uma boa opção, principalmente em períodos de verão e no Carnaval. Além de oferecer um ambiente diferente, os preços são mais em conta e o pagamento pode ser parcelado em até 10 vezes, o que não pesa no orçamento dos turistas, principalmente da classe C.
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