Tarja Preta

Ariana Barbosa

Correria, agitação, stress, trabalhos cansativos e desgastantes, preocupações e muita responsabilidade é o mundo em que o jovem deve se habituar hoje em dia. As preocupações acabam provocando problemas de saúde graves. Para diminuir as tensões do cotidiano muitos usam antidepressivos fortes em plena adolescência.

Romerito Freitas da Silva, 22 é um dos afetados pela agitação do mundo moderno, o adolescente estava cursando o terceiro ano de Direito na Universidade São Francisco, e morando com uns amigos em Bragança Paulista. Dedicado, estudioso e muito preocupado teve que trancar a faculdade no início do ano e voltar para a casa, devido ao desemprego do pai que não tinha mais condições de pagar os seus estudos.

Tudo começou nesse instante, Silva que vivia em funções dos livros e das tarefas acadêmicas, começou a não ver mais sentido em sua vida e se isolou das pessoas. Não tendo mais uma vida sociável o jovem apresentava sintomas de depressão, a mãe que é enfermeira, ao perceber as atitudes do filho, logo o levou até um especialista que o receitou o antidepressivo faixa preta, o entrevistado não quis dizer o nome do medicamento.

O uso de antidepressivos está cada vez mais freqüentes e cada vez atingindo uma faixa etária mais nova de 15 a 27 anos. A preocupação é tão grande e intensa que os adolescentes não suportam e não conseguem viver com tamanha responsabilidade e acabam “pirando”.

Após se formar no curso de marketing na Universidade Presbiteriana Mackenzie, e morando na capital de São Paulo, Amanda Silva continuou desempregada na imensa cidade “a qual mais se emprega”. Amanda aos 21, começou a entrar em desespero e eram raras as noites que conseguia pegar no sono. Chegou a emagrecer oito quilos, e teve até perda de cabelo, fora os outros sintomas, a jovem teve que ser medicada com urgência.

Talvez seja esse um dos motivos que comprova a frase “hoje as pessoas não passam dos 60 anos”. Com tanto stress, tanta agitação e tanta preocupação o século 21 vai formando seu futuro sem idosos e com adolescentes cada vez mais desgastados sem conseguir acompanhar o rápido desenvolvimento em que se vive.