Márcio Borges
A ausência de placas de regulamentação em Pouso Alegre causa cada vez mais transtornos para o tráfego, seja para os cerca de 55 mil veículos cadastrados no município quanto para a frota flutuante: constituída de quase 15 mil automóveis que circulam diariamente vindos de outras cidades.
Os pontos sem sinalização estão em regiões que permitem acesso rápido às principais ruas e avenidas do centro, como acontece no bairro Primavera, onde o trânsito é constante devido a proximidade com a Câmara Municipal. Além de vias que dão acesso à Avenida Vicente Simões.
A estudante Joisymara Andrade Castro mora em Conceição dos Ouros e sempre tem dificuldades de trafegar por Pouso Alegre. “Apesar de estudar aqui [em Pouso Alegre] eu sempre me atrapalho porque passo por ruas que não tem placa. É bem ruim e só aprendi porque observei outras pessoas”, conta.
Além de atrapalhar o trânsito, entrar numa via que seja contramão ou cometer qualquer outro ato incorreto por falta de orientação de placas e quaisquer outras sinalizações pode gerar multa de vão R$ 82,13 para uma infração média até R$ 574,62 no caso de uma gravíssima.
Em caso de ocorrência dessas multas o motorista pode recorrer a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) e se comprovada que a área onde a penalidade foi aplicada não tem sinalização adequada, o condutor fica isento do pagamento.
Outro problema está em formar novos condutores. Para o instrutor de autoescola Venâncio Machado da Silva fica difícil dar aulas de direção em ruas onde é preciso “adivinhar a mão”. “Os alunos aprendem a seguir fielmente as placas de regulamentação durante as aulas de legislação, mas se confundem na prática quando não encontram em lugares essenciais”, afirma.
Para regularizar a situação na cidade, o Departamento de Trânsito teria que investir um valor significativo, uma vez que cada placa custa em média R$ 100.
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