sábado, 14 de maio de 2011

Mão no mouse

Jéssica Santana de Almeida acessa a internet todos os dias

Adenilson Félix

A maioria dos jovens está substituindo a prática da escrita convencional pela digitação. O principal fator da mudança é a agilidade que as novas tecnologias proporcionam na realização das tarefas escolares e na comunicação.

Segundo Jéssica Santana de Almeida, 10, usar o computador e comunicar com suas colegas e parentes é muito mais fácil e prático do que escrever uma carta, ou até mesmo ir até a casa delas: “Adoro mandar e-mails, e não gosto de escrever cartas, pois cansa e demora muito”. Jéssica não tem computador em sua casa e diz frequentar lan houses quase todos os dias.

Para Gustavo Barbosa, 9, escrever é algo muito desagradável e chato. Na escola o garoto afirma não gostar de fazer textos e copiar trabalhos. Para ele é muito mais fácil usar o computador para pesquisar e digitar todo o conteúdo proposto na escola. Ele diz que seus pais estipulam regras e horários para ele usar em casa, e a noite sua mãe quem usa.

A psicóloga Renata Dias Beguini, 36, esclarece a importância de dosar o tempo das crianças e jovens frente ao computador. Para ela os pais devem oferecer outras atividades para seus filhos e buscar estimular a escrita. “É fundamental os pais estarem cientes de educar os filhos com limites ao acesso a internet incentivando-os a escrever mais e a frequentarem uma biblioteca”.

Além de perder a prática da caligrafia, outro grande problema da tecnologia está na diminuição do raciocínio. Os jovens se contentam com a informação condensada e rápida da internet e não se preocupam com uma análise profunda do que é abordado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário