sexta-feira, 13 de maio de 2011

Traços do artista


O autorretrato de Dionísio se destaca entre suas obras

Márcio Borges

Estantes abarrotadas com livros de arte, paredes tomadas por quadros, todos feitos à mão, com tinta e com lápis de colorir. Na mesa do computador a máquina disputa espaço com as montanhas de folhas de papel em branco que nas mãos de Dionísio Porfírio Alves transformam-se em obra de arte. Atualmente ele trabalha como professor de artes em escolas do sul de Minas.

Nascido na pequena Conceição dos Ouros em 1972, desde os três anos de idade através das brincadeiras, a mãe já pôde perceber que estava diante de um artista. Incentivado por ela, hoje, depois de 17 anos estudando em cursos de artes plásticas em São José dos Campos, Caçapava e até mesmo Curitiba, o trabalho de Dionísio tornou-se conhecido e admirado.

Inspirado por grandes mestres como Michelangelo e Van Gogh, ele classifica suas obras nas correntes impressionista e surrealista.

A figura humana sempre esteve presente em seus trabalhos. Perdido em meio a tantos desenhos, ele não sabe contar com exatidão quantas obras possui, mas reconhece e admira cada traço artístico.

Evangélico da Igreja Presbiteriana, Dionísio também retrata o criador em seus desenhos. Uma das imagens onde essa devoção é mais evidente é a pintura de um bebê amparada pelas mãos. E a outra que fica acima da mesa no quarto: sua mãe rezando.

As celebridades também servem de inspiração para o artista. Angélica, Ana Paula Arósio, Sandy, Avril Lavigne ganharam uma versão grafite nas mãos de Dionísio. E é impossível não se encantar pelos desenhos, com os detalhes latentes de seu traço firme e ao mesmo tempo suave e preciso.

Além da pintura, o artista resolveu aventurar-se em outras modalidades; e só para firmar ainda mais seu talento, não deixou de se mostrar um mestre das artes. Agora a argila e a madeira disputam espaço com lápis, pincel e papeis.


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