sexta-feira, 13 de maio de 2011

Viciados em internet




Ariana Barbosa

Tudo é tão automático que se torna até natural, levantar da cama e antes mesmo de lavar o rosto ou tomar café bater a mão no monitor do computador ou abrir o notebook e acessar a internet que tem gravado na página principal ou salvo nos favoritos, a rede social, seja ela twitter, facebook, orkut, entre outras.

Esse é o hábito de muitos adolescentes e o caso é tão grave que eles mal percebem que passam o dia todo na frente da tela, deixando de lado os trabalhos acadêmicos, os estudos a alimentação e até mesmo a vida real.

O que seria algo capaz de aumentar o conhecimento e até mesmo a comunicação com pessoas distantes tornou-se um vício e motivo de estresse, depressão e divórcios.

Mayara Moraes, 18, afirma que muitas vezes ao em vez de marcar algo como um jantar, ou simplesmente conversar e matar saudade das amigas, combina um encontro pela internet para que possam colocar as novidades em dia.

Estudante de farmácia,Mayara mora com a mãe, o padrasto e a irmã Julia, ela não trabalha e assume que passa o dia todo na internet e as horas que estáfora de casa acessa o facebook e o messenger pelo celular. Mas as próprias postagens revelam como isso faz mal a ela, pois ao entrar na rede social da estudante, você consegue ver a freqüência de postagens como “tédio”, “nada para fazer”, “emotions” que significam tédio, tristeza e estresse.

“Cheguei a pirar ao ficar três dias sem internet, estava com um problema na conexão e agendei uma manutenção com o técnico, acho que cheguei a ligar umas 10 vezes na recepção do servidor e a falta por atualizações e pela informação de meus amigos virtuais foi tanta que tive que ir à lan house no segundo dia.”

São nesses momentos que o usuário percebe esse problema de dependência e começa a enxergar o verdadeiro tamanho do “problema”.

“Fico o dia todo entediado por não ter nada a fazer e meu único refugio é a internet, acredito que é até esse o motivo de meu tédio, afinal fico em torno de oito horas por dia atualizando o orkut, o facebook e o site Globo”.

Há quatro meses desempregado, essa passou a ser a rotina de Erick Gabriel da Silva, 19, que assume não conseguir passar um dia sem acessar suas redes sociais e sem conversar com seus amigos e até mesmo vizinhos, prefere ficar teclando entediado em sua casa ao andar um quarteirão para ir à casa de seu amigo.



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