Posto de Saúde do bairro São Vicente se encontra em situação precária
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Adélia Oliveira - Itajubá
O sistema público de saúde em Itajubá foi denunciado aos
órgãos competentes por perda de medicamentos, irregularidade no sistema bucal e
falta de atuação do Conselho de Municipal de Saúde, composto por pessoas
independentes do executivo.
As denúncias foram encaminhadas à Câmara Municipal, à Prefeitura
de Itajubá, ao Conselho Nacional de Saúde e ao Ministério Público. A partir dos
relatos, durante a primeira semana do mês de abril, uma auditoria foi realizada
no município pelo Ministério Público.
Há alguns meses, Ricardo Zambrana, dentista, representante
do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO/MG), protocolou na
Câmara Municipal de Itajubá sua denúncia de anormalidade no sistema de saúde
voltado a odontologia. Ele afirmou haver irregularidades no atendimento,
funcionamento e cumprimento de carga horária e serviço nas unidades
odontológicas.
Segundo o dentista, as unidades de atendimento em
funcionamento nas escolas públicas apresentavam erros quanto às normas da
vigilância sanitária, principalmente relacionados à limpeza e esterilização de
instrumentais.
Em alguns consultórios eram encontradas estufas, o que de
acordo com a Resolução nº 1559, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais, estão em desuso, por colocar em risco a saúde do paciente, podendo este
contrair doenças como hepatite, no caso de contaminação. Os problemas
relacionados à estrutura física dos consultórios já foram resolvidos em grande
parte.
As investigações quanto ao pagamento de profissionais por
oito horas de serviço, sendo que os mesmos trabalhavam por quatro horas, ainda
prosseguem. Caso sejam comprovadas as denúncias, os profissionais envolvidos
poderão responder por improbidade administrativa e ter de ressarcir os cofres
públicos.
Além disso, houve também denúncia protocolada pelo
vereador Robson Vaz (PPS) de medicamentos encontrados vencidos. Na última semana, a vigilância sanitária interditou um
posto de saúde, localizado, no bairro Rio manso, na zona rural de Itajubá, 15
km de distância do centro da cidade, onde eram atendidos cerca de 600
moradores.
A interdição ocorreu por não
haver médico para realizar o atendimento, e a precária situação em que se
encontrava o posto, que deverá ser reformado. As informações foram confirmadas
por Antônio Carlos Ribeiro, diretor de Saúde Pública do município.
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