segunda-feira, 30 de abril de 2012

Reviravolta brega

O estilista, Ronaldo Gonçalves afirma que o brega sempre existirá
Elaine Romão - Itajubá

Estampas de bichos, cores fortes misturadas, exagero nos acessórios, e muito brilho estão nas vitrines das lojas do sul de Minas, para constatar que a atitude brega está de volta e na moda. Além do vestuário, o estilo também ganha espaço na música. O tecnobrega, mistura de músicas nordestinas com batidas eletrônicas, atualmente, toca em várias rádios.

A dona de boutique Luana Camyla Oliveira, além de vender e usar a nova tendência adora ouvir tecnobrega. ”É um estilo divertido e dançante, se aproxima de todas as idades e não só é a cara do nordestino como também é do brasileiro”.

Para a empresária os clientes aderiram ao estilo, tanto homens quanto mulheres. “As roupas e sapatos de estampas de bichos douradas e coloridas estão vendendo para ambos os sexos, até para os homens sempre mais resistentes a roupas diferentes e inusitadas”. 


Ela conta ainda, que sempre se vestiu de forma extravagante e que nunca deu importância para as taxações da sociedade. “Nunca me importei com o que as pessoas falavam, tenho estilo próprio, e agora posso dizer, sou brega, mas estou na moda”.

Estilista há 25 anos, Ronaldo Gonçalves, afirma que o brega mais do que uma tendência é um estilo de vida. “A pessoa brega é engraçada, divertida, extrovertida, há pessoas que vendem a imagem de brega e ganham muito dinheiro com isso. O brega sempre existiu e sempre vai existir”. 

Gonçalves desabafa que o brega sempre sofreu preconceito, e hoje a mídia está mudando esta ideia. “O brega sempre foi taxado como uma coisa feia, grotesca, que ninguém queria ser, sempre teve preconceito, só que hoje, isto não existe mais”.

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