sábado, 21 de abril de 2012

Sacolas fora da lei

Lei que proíbe o uso de sacolas plásticas é ignorada em Cambuí

Gorete Marques - Cambuí

A lei que proíbe o uso de sacolas plásticas em Cambuí entrou em vigor, no dia 5, de janeiro de 2009. O prazo para adaptação era de seis meses. No entanto, já se passaram três anos e elas ainda são utilizadas por grande parte dos estabelecimentos. Por falta de fiscalização, a maioria dos moradores, nem ao menos sabe, da existência da lei.

O farmacêutico Walter Braz usa as sacolas de plástico normalmente e nunca teve problema por causa disso. Ele se espanta ao ser informado sobre a proibição e reclama “a desinformação aqui é de alta escala.” De acordo com o projeto, o valor da multa para quem descumprir a lei é de R$500. A quantia pode dobrar caso o comerciante repita a infração.

Recentemente, a Câmara Municipal publicou texto denunciando o descaso em relação ao assunto.  Segundo a presidente da Câmara Rosely Moraes a política ambiental envolve interesses particulares e públicos e para que tenha efeito é preciso campanhas permanentes de conscientização. Ela ressalta que a falha está na falta de comprometimento dos órgãos fiscalizadores. "Absolutamente nada foi feito até o momento. Há falha na fiscalização, aliás, não há fiscalização".

Márcia Lessa Braga, ex-vereadora e autora do Projeto de Lei, já conhecia as dificuldades que seriam enfrentadas quando redigiu o projeto. Segundo ela, os comerciantes não querem arcar com o custo extra da substituição das sacolas plásticas por biodegradáveis. Outro problema é a falta de conscientização dos consumidores, há um equívoco neste sentido. A população está pensando que não vai ter mais sacola.

Ela ressalta que os próprios moradores tomarão a iniciativa de substituir as sacolas plásticas, a partir do momento, que tomarem consciência dos benefícios ao meio ambiente. “A gente sabe como está caótico o lixão de Cambuí. O produto se dissolve em seis meses e não é tão caro assim”, conclui. A lojista Ana Maria Berlamino não diz que o aumento no preço é mínimo, “a diferença fica torno de R$1 real, é um valor bem baixo”.

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