Em Itajubá, estabelecimentos comerciais vendem sacolas ecológicas |
Elaine Romão - Itajubá
O projeto que propunha a prorrogação da lei de
substituição das sacolas plásticas convencionais, pelas ecológicas até o dia 31
de dezembro de 2012 foi rejeitado pela maioria dos vereadores em votação na
Câmara Municipal de Itajubá.
A Lei nº 2861
aprovada em 23 de setembro de 2011, previa que a partir de primeiro de janeiro
de 2012 os estabelecimentos comercias da cidade seriam obrigados a fazer à
substituição, passível de multa as empresas que não cumprissem a determinação.
A CDL(Câmara de Dirigentes Lojistas), entrou em janeiro deste ano com
pedido de prorrogação da Lei, segundo a entidade os empresários do varejo não
foram orientados corretamente a respeito do tipo de sacola que poderia ser
utilizada com a proibição das sacolas comuns.
Muitos estabelecimentos na cidade passaram a vender a sacola ecológica
para os clientes, em valores que variam de R$1 a R$5. Para José Jorge Nunes
Nomonarco lojista há 21 anos, quem sai prejudicado é o consumidor que tem que
arcar com o prejuízo.
Segundo Nomonarco nenhuma notificação da prefeitura foi enviada aos
empresários com regras e o valor da multa caso a lei seja descumprida. “Ficamos
sabendo por intermédio dos rádios e dos jornais, não recebemos notificação de
nenhum órgão responsável”.
De acordo com o empresário Marciano
Passos, a lei é a única maneira da população se conscientizar e começar a
pensar no meio ambiente. “Infelizmente ás pessoas só aprendem quando seu bolso
é prejudicado, a lei é muito importante para toda a cidade e para o planeta”.
O vereador Robson Vaz autor da Lei nº 3815
de prorrogação do prazo, que altera dispositivos da anterior da
qual também foi co-autor, diz que o Executivo e o Legislativo não promoveram
uma campanha de conscientização a respeito dos benefícios ambientais gerados
pela Lei.
Segundo Vaz o comércio não conseguiu substituir os
sacos e sacolas plásticas por outras fabricadas com matéria prima
ecologicamente correta. “Além do problema do comércio, a indústria de sacolas
ainda não conseguiu acompanhar a nova demanda para atender os
consumidores”.
Passos conta ainda que para ele em breve as pessoas
vão estar tão acostumadas a levar seus produtos em sacolas vindas de casa, que
isso se tornará um hábito. “Toda a mudança no começo é dura, mesmo que a
substituição de sacolas não seja uma grande ação ajuda, pelo menos fazemos a
nossa parte”, conclui.
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