domingo, 20 de maio de 2012

Praga no campo

No sul de Minas, plantação de morangos é atingida pela lagarta
Sibele Cristina - Tocos do Moji

De origem da região mediterrânea e Ilhas Canárias, a lagarta que tem nome científico Duponchelia fovealis foi identificada pela primeira vez no Sul de Minas. Há três anos, a mesma foi encontrada no estado do Paraná em plantações de morango, desta vez o ataque foi na cidade de Tocos do Moji.

Com um potencial destrutivo, a lagarta ataca a coroa, folhas, flores e os frutos do morangueiro, podendo levar a planta a morte, se a infestação for severa.

De acordo com Luiz Fernando Faria, Engenheiro Agrônomo da Emater, os adultos ou mariposas, ficam escondidos embaixo das folhas do morango e realizam pequenos vôos quando as plantas são tocadas.

As fêmeas podem colocar até dez ovos no mesmo lugar e quarenta e cinco dias depois, serão lagartas.  As mesmas se enrolam em fios de seda e excrementos e ficam escondidas entre os restos de folhas mortas, para depois se transformarem em mariposa.

Júlio Cézar de Souza, pesquisador da Epamig, afirma que a identificação da praga, representa um sério problema para os produtores. Ele fala ainda, que não existe uma prevenção, e sim, produtos químicos que são tóxicos as lagartas, que ajudam a amenizar o problema, mas não o combate total da praga.

O pesquisador da Epamig, alerta os agricultores em que suas plantações também tenham sido afetadas, para que procure a Ematero mais rápido possível, para que possa ser feita as primeiras aplicações dos produtos químicos.

Vicente Domingos da Silva, lavrador, também teve sua plantação atingida pela lagarta, ele diz que elas apareceram mais nos morangos de estufa, onde também são muito comuns por ter um hábito noturno e gostarem de locais mais úmidos, “o pessoal da Emater, precisa achar logo uma solução, eu dependo do morango, não posso levar mais prejuízos”, afirma.

Francisco Benedito Faria, agricultor há 25 anos, disse que começaram a aparecer furos nas folhas que murchavam e depois secavam, “então, eu procurei a ajuda da Emater, eu já tive cinco mil reais de prejuízo”, afirma o agricultor.

De acordo com Júlio Cezar, as pesquisas estão sendo feitas para que consigam o combate total da praga, que causa tantos prejuízos aos agricultores, “infelizmente, isso é da natureza, quem trabalha com agricultura está sujeito a esses tipos de problema e o nosso trabalho é conseguir combater essa praga e estamos trabalhando para isso”, afirma. 

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