Presidiários recebem treinamentos e cultivam mais de 850m² de horta orgânica |
Elaine Romão - Itajubá
Produção de alimentos sem agrotóxicos, cuidados
com a preservação do meio ambiente e uso de métodos
naturais no plantio é o que 13 detentos do presídio de Itajubá aprendem
desde a última quarta-feira. Eles integram o curso
Teórico e Prático de Agricultura Orgânica do município e aplicam as técnicas
aprendidas na horta comunitária da unidade.
A parte teórica do curso é ministrada
pelo engenheiro agrônomo Luiz Gonzaga Carneiro na Casa do Produtor, terá carga
horária de 40 horas, Já a parte prática é feita nas instalações do presídio.
Mais de 850m² de
terreno plantado com sistema de irrigação por aspersão e 61 canteiros são
totalmente mantidos pelos presidiários.
O diretor de ressocialização do presídio, Leandro Palma, explica que desde
a implantação da unidade em 2009, havia a ideia do projeto. “Desde 2009, quando
vimos um espaço ocioso na unidade idealizamos um projeto, que beneficiaria os
reeducandos e também instituições filantrópicas”.
Segundo Palma, parte da produção de hortaliças e legumes é destinada a
cozinha interna da unidade, e que outra é doada para instituições
filantrópicas da cidade, como creches e asilos. Os detentos participantes da iniciativa têm um dia da pena reduzido a
cada três de trabalho de acordo com o artigo 126 da Lei de Execução Penal.
Para o preso Donizete Ribeiro da Silva de 43 anos, condenado por
homicídio, o programa é uma chance de reinserção no mercado de trabalho após o
cumprimento de sua pena. “O projeto enriquece nossos conhecimentos além de
propiciar no futuro uma profissão”.
Silva conta ainda desconhecer o uso da agroecologia na região. “Nosso
trabalho além de novo é muito importante para o meio ambiente e gostoso de
fazer, sabemos que o que plantamos aqui é muito saudável”.
Palma ressalta que além da importância ambiental a reinserção social é o
maior benefício oferecido. “Vislumbramos a importância do projeto para a
reinserção social, além de proporcionar o aperfeiçoamento na profissão de lavradores”,
concluí.
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