Reforma no interior do prédio do Grande Hotel divide opinião de especialistas |
Adélia Oliveira - Itajubá
O prédio
do Grande Hotel construído em 1890, bem imóvel tombado pelo CODPHAI (Conselho
Deliberativo do Patrimônio Histórico e Artístico de Itajubá), vem sofrendo
reformas em seu interior para a inauguração de um restaurante, o que está
causando grande tumulto com relação à liberação das obras.
Segundo
Cássia Almeida, antiga diretora de Turismo do município, na última reunião
ordinária do Conselho de Turismo em que participou no dia 27 de fevereiro, do
ano corrente, o Conselho tomou conhecimento que o edifício do Grande Hotel
estava sendo reformado com modificações no seu interior que incluíam a remoção
de paredes e pilastras que sustentavam o prédio.
O
Conselho já sabia de uma obra de troca de reboco da área externa que vinha
sendo realizada em caráter emergencial, porém sem acompanhamento técnico
comprovado.
Cássia
ressalta que “embora o tombamento histórico contemple apenas a fachada do
prédio, área externa, cabe ao CODPHAI zelar pelo patrimônio como um todo e, se
necessário, levar ao conhecimento da Promotoria Pública ações irregulares que
tragam riscos ao patrimônio.”
A partir
deste comunicado, Cássia garante ter sugerido que constasse em
ata que o Conselho deliberasse para que o Poder Público Municipal, em caráter
de urgência, fizesse uma avaliação detalhada das reformas e emitisse um parecer
técnico para o CODPHAI. Segundo ela, isso não aconteceu.
Nesse parecer deveria estar incluído um detalhamento das
obras interna e externa, bem como comprovantes de projeto de reforma e de
acompanhamento técnico assinado pelo arquiteto responsável.
Em contrapartida, Fábia Izidoro, secretária municipal de
Cultura e Turismo, garante que o CODPHAI teve conhecimento do restauro externo do prédio,
pois o mesmo é
tombado pelo Conselho, mas que a reforma interna não é da alçada da secretaria, uma vez que toda e qualquer obra realizada tem a fiscalização da Secretaria de
Planejamento.
tombado pelo Conselho, mas que a reforma interna não é da alçada da secretaria, uma vez que toda e qualquer obra realizada tem a fiscalização da Secretaria de
Planejamento.
“O problema do beiral do prédio, que estava caindo e oferecendo riscos à população, foi discutido nas reuniões do Conselho, junto com o proprietário do prédio, que entrou em contato com uma arquiteta que elaborou um pequeno projeto para execução da obra, para seu restauro e preservação”, afirma Fábia.
A
Secretaria de Planejamento e a CODPHAI foram procurados, mas não houve retorno
até o fechamento da edição.
O
engenheiro civil Rafael Tavares garante que independente da reforma, toda e
qualquer obra deve ser projetada e acompanhada por um profissional competente,
evitando assim riscos à população, aos trabalhadores e ao prédio.
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